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Incêndio na galeria Zabaleta completa dez anos
Comerciantes e moradores do prédio de 12 andares viveram tarde de terror no dia 14 de maio de 2007; resgate das pessoas nos andares mais altos durou cerca de três horas e só foi possível após um grande trabalho em equipe
Paulo Rossi -
Um dos maiores incêndios de Pelotas completou dez anos neste domingo. No dia 14 de maio de 2007 o fogo e a fumaça tomaram conta da galeria Zabaleta, no centro da cidade. Comerciantes e moradores do prédio de 12 andares viveram uma tarde de grandes sustos.
O fogo começou em uma loja de informática perto de uma das entradas da galeria. As chamas não passaram do térreo, mas causaram um grande transtorno por tomarem conta também dos primeiros andares. A partir daí, o trabalho em grupo de muitas pessoas começou a se destacar.
Os moradores dos apartamentos mais altos ficaram isolados, sem poder utilizar elevadores e escadas. Todo o efetivo presente no batalhão do Corpo de Bombeiros - inclusive os administrativos - foram deslocados para a ocorrência. Eles resgataram cerca de 40 pessoas pelas janelas com o auxílio de escadas de madeira emprestadas por operários de uma obra e por uma empresa de telefonia. Animais de estimação também foram salvos.
Um caminhão da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) foi requisitado para a retirada dos idosos que não conseguiam utilizar as estruturas de madeira. Funcionários de uma padaria localizada ao lado atiravam toalhas molhadas para a equipe em uma tentativa de amenizar os efeitos da fumaça.
- Confira a reportagem publicada em 15/05/2007
No meio da rua, centenas de pessoas se aglomeravam para assistir à cena enquanto parentes e amigos buscavam informações sobre os moradores presos no prédio. A operação durou cerca de três horas e ninguém se feriu gravemente. Quando a história parecia ter fim, um outro foco de incêndio levou os bombeiros novamente ao interior da galeria. Pouco tempo depois, a situação foi declarada sob controle.
Ao todo, 17 lojas foram danificadas, de acordo com as informações do Corpo de Bombeiros na época. O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) não apontou a possível causa do incêndio. Não foi encontrado nenhum material inflamável e foi refutada a hipótese de curto-circuito na instalação elétrica.
O acesso à galeria Zabaleta foi liberado menos dez dias depois. O prédio foi multado em 75 Ufirs (valor de R$ 79,80 na época) pelo Corpo de Bombeiros de Pelotas. A punição foi aplicada porque o condomínio, notificado em 18 de janeiro, não cumpriu o prazo de 60 dias para apresentar o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), que estava vencido desde 1997, há dez anos.
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